Da ANTIQUES?
Sim são elas as diretoras.
Sempre tiveram interesse pelas antiguidades, se conheceram já bem envolvidas com este ramo. Maria Isabel trabalhava na Galeria de Leilões Taliberti, de seu primo. Hoje já não existe mais, encerraram as atividades a mais de oito anos atrás.
Maria Cecília era frequentadora assídua, então não foi muito difícil conhecerem-se ali mesmo, travaram acordo e se tornaram sócias!
Elas fundaram no Itaim uma loja especializada em tapetes orientais. O negocio prosperou, até que foi se transformando na tradicional Casa de Antiguidades Antiques. A antiga especialidade foi desaparecendo, mas não totalmente porque ainda hoje temos alguns bons tapetes, mas tudo aconteceu muito naturalmente foi assim que começaram a nos chegar as pratas, mobiliário, porcelanas etc.. Agora temos um mix bem variado, porem seleto.
Hoje ainda estabelecidas no Shopping Vitrine Iguatemi Ciça e Isabel, junto de outros antiquários, no mesmo logradouro, organizaram a Feira de Antiguidades do Shopping Vitrine Iguatemi, que acontece sempre no ultimo sábado de cada mês, aliás, com sucesso garantido, considerando que está apenas começando.
Maria Cecília Ribeiro dos Santos, foi aluna de Oswald de Andrade Filho, estudou artes e hoje é pedagoga, leciona língua inglesa. Conta que já com seus pais passou a interessar-se por artes e antiguidades. Eles eram colecionadores e eu acompanhava todas suas aquisições, afirma.
Ciça, conta que quando ela e Maria Izabel, iniciaram a parceria tinham stand no MASP, na feira de domingo. Foi a oito anos que decidiram fundar a Antiques no Shopping Vitrine.
A qualidade dos objetos, o tempo que permanecem entre nós, a posterioridade a que se destinam e o amor que artista dedica no momento de sua confecção. Tudo é muito importante. Não é a mesma coisa, nos dias de hoje tudo parece descartável ou fabricado com frieza. Não generalizando, óbvio!
Nosso acervo é formado por peças que chegam até nós, principalmente através de consignações, somos solicitadas sempre por pessoas que desejam vender alguma obra, em determinado momento procuram-nos buscando orientação ou avaliação.
É um público exigente, culto, educado formado por colecionadores, decoradores, arquitetos ou estudiosos. Todos frequentam nosso acervo constantemente.
Perguntei a Ciça se seus filhos têm a mesma atenção com as artes e antiguidades; ela me responde que eles sabem apreciar boas obras, talvez no futuro, como nós eu e a Isabel, eles possam decidir dar continuidade a esse trabalho. São jovens ainda, tem muitos anseios. Conosco não foi diferente, o interesse veio na maturidade.
É difícil, mas fazemos nosso trabalho com muita responsabilidade, não foi poucas às vezes que salvamos peças importantes da destruição bem na hora H, quase a beira da destruição.
Acho que somos um pouco heroínas quando resgatamos alguma preciosidade histórica.