sábado, 29 de agosto de 2009
MILTON APARECIDO TIZIOTTI
matiziotti@itelefonica.com.br
Fone: 2280 6131
Estamos em pleno domingo, maravilhoso por sinal, ainda mais sendo dia dos pais. Enquanto eu perambulava pela Feira de Antiguidades do MuBE , examinava a possibilidade de encontrar um entrevistado que pudesse esclarecer aos outros frequentadores, curiosidades que só podemos encontrar aqui.
Além das preciosidades aqui expostas todos os domingos, pelos antiquários e artistas.
Desta vez, ainda, acompanhados pela exposição de Maurício de Souza, grandioso evento. Parabéns ao MuBE pela organização do evento.
Venho acompanhando o trabalho do Milton já há algum tempo, ele nos apresenta um material inédito, que são a caixinhas para as mais diversas utilidades.
Perguntei-lhe sobre a possibilidade de falar sobre suas atividades, muito educadamente, bela característica, essa, se prontificou e passamos então a conversar.
matiziotti@itelefonica.com.br
Fone: 2280 6131
Estamos em pleno domingo, maravilhoso por sinal, ainda mais sendo dia dos pais. Enquanto eu perambulava pela Feira de Antiguidades do MuBE , examinava a possibilidade de encontrar um entrevistado que pudesse esclarecer aos outros frequentadores, curiosidades que só podemos encontrar aqui.
Além das preciosidades aqui expostas todos os domingos, pelos antiquários e artistas.
Desta vez, ainda, acompanhados pela exposição de Maurício de Souza, grandioso evento. Parabéns ao MuBE pela organização do evento.
Venho acompanhando o trabalho do Milton já há algum tempo, ele nos apresenta um material inédito, que são a caixinhas para as mais diversas utilidades.
Perguntei-lhe sobre a possibilidade de falar sobre suas atividades, muito educadamente, bela característica, essa, se prontificou e passamos então a conversar.
Só
faço caixinhas em marquetaria e mini gaveteiros. Elas têm muitas
utilidades respectivamente: Porta-joias, relógios, chás, controle
remoto, porta-chave, porta-lápis, bloco para anotações, etc.
Eu confeccionava jogos de xadrez e gamão, mas com o tempo sendo tomado pelas caixinhas, acabei seguindo por onde eu era mais solicitado. Pensei que a maioria das pessoas não dedica mais seu tempo para jogar, então meu trabalho estava ficando sem valor.
Eu confeccionava jogos de xadrez e gamão, mas com o tempo sendo tomado pelas caixinhas, acabei seguindo por onde eu era mais solicitado. Pensei que a maioria das pessoas não dedica mais seu tempo para jogar, então meu trabalho estava ficando sem valor.
Estou
a quase três meses expondo nessa Feira de Antiguidades e Design do
MuBE, vejo um publico mais com perfil de antiquariato, no entanto vem
acessando meu acervo com muita frequência. Já conquistei uma clientela
muito razoável e fiel. Tenho recebido encomendas, pois faço trabalhos
sob medida. Enfim esse evento tem sido ótimo para meus negócios. Meus
trabalhos provocam interesse em muitas personalidades, como: banqueiros,
advogados. Sabe? Até o José Genuíno já me comprou peças. Essas pessoas
precisam oferecer um brinde a alguém e muitas vezes acabam concluindo
que minhas caixinhas são interessantes.
O
Milton meu entrevistado, passa agora a falar um pouco sobre sua vida. É
curioso ouvir as histórias de quem já passou por poucas e boas.
Tive uma infância muito simples, eu trabalhava na roça ajudando meus pais. Isso até que resolvessem transferir-se para São Paulo.
Viemos para um bairro chamado A. E. Carvalho, na Zona Leste. Lá era uma fazenda, mas seu proprietário resolveu lotear tudo e o lugar ficou com seu nome, Antonio Estevão de Carvalho. Hoje seguindo pela Avenida Radial Leste, depois de uma determinada altura passa a ter o mesmo nome do nosso bairro.
Lá tinha muita fabriquinha de bolsas, muitas eram clandestinas. Até aos quatorze anos eu trabalhei como ajudante, confeccionando artesanato em couro. Depois fui trabalhar em supermercado.
Na idade prevista me alistei no exercito, servi por aquele período de um ano e como estava sendo bom fiquei mais cinco anos. Fiz cursos e me formei cabo enfermeiro. Naquela época, ainda o governo federal era exercido pelos militares. Lembro da graves que aconteciam na região ABC e nós ficávamos sempre de prontidão. Chegamos lá muitas vezes, mais no sentido de mediar do que para enfrentar os grevistas. Porem sempre estava tudo quieto, eles evadiam-se sempre que descobriam que estávamos chegando. Não queriam confronto também. No entanto ao sairmos começavam as reuniões novamente.
No exercito aprendi muita coisa, como técnica de sobrevivência na selva, solidariedade, lealdade companheirismo, respeito a hierarquia, disciplina, etc.
Sempre gostei de fazer tudo bem feitinho, até hoje não faço só por fazer. Naquela época das fabriquinhas eu já tinha essa personalidade.
Em 1986 eu terminei por dar baixa nas forças armadas, até porque cabos só ficavam até seis anos prestando serviço. Não tinha cabo efetivo.
Nessa mesma época passei a trabalhar como artesão, fazendo cintos e bolsas. Mas sem muitos planos fui trabalhar no Banco Nacional, na área de processamento de dados. Fiquei lá dez anos.
Senhores leitores o Milton durante a entrevista é sempre solicitado por expectadores ávidos por saberem sobre seus produtos. Por alguns momentos para de conversar para dar atenção a eles. São muito interessados, perguntam mesmo até para aprender como foram feitas as peças, vejo que artesão com a maior calma do mundo oferece as informações com se fosse uma verdadeira aula.
Tive uma infância muito simples, eu trabalhava na roça ajudando meus pais. Isso até que resolvessem transferir-se para São Paulo.
Viemos para um bairro chamado A. E. Carvalho, na Zona Leste. Lá era uma fazenda, mas seu proprietário resolveu lotear tudo e o lugar ficou com seu nome, Antonio Estevão de Carvalho. Hoje seguindo pela Avenida Radial Leste, depois de uma determinada altura passa a ter o mesmo nome do nosso bairro.
Lá tinha muita fabriquinha de bolsas, muitas eram clandestinas. Até aos quatorze anos eu trabalhei como ajudante, confeccionando artesanato em couro. Depois fui trabalhar em supermercado.
Na idade prevista me alistei no exercito, servi por aquele período de um ano e como estava sendo bom fiquei mais cinco anos. Fiz cursos e me formei cabo enfermeiro. Naquela época, ainda o governo federal era exercido pelos militares. Lembro da graves que aconteciam na região ABC e nós ficávamos sempre de prontidão. Chegamos lá muitas vezes, mais no sentido de mediar do que para enfrentar os grevistas. Porem sempre estava tudo quieto, eles evadiam-se sempre que descobriam que estávamos chegando. Não queriam confronto também. No entanto ao sairmos começavam as reuniões novamente.
No exercito aprendi muita coisa, como técnica de sobrevivência na selva, solidariedade, lealdade companheirismo, respeito a hierarquia, disciplina, etc.
Sempre gostei de fazer tudo bem feitinho, até hoje não faço só por fazer. Naquela época das fabriquinhas eu já tinha essa personalidade.
Em 1986 eu terminei por dar baixa nas forças armadas, até porque cabos só ficavam até seis anos prestando serviço. Não tinha cabo efetivo.
Nessa mesma época passei a trabalhar como artesão, fazendo cintos e bolsas. Mas sem muitos planos fui trabalhar no Banco Nacional, na área de processamento de dados. Fiquei lá dez anos.
Senhores leitores o Milton durante a entrevista é sempre solicitado por expectadores ávidos por saberem sobre seus produtos. Por alguns momentos para de conversar para dar atenção a eles. São muito interessados, perguntam mesmo até para aprender como foram feitas as peças, vejo que artesão com a maior calma do mundo oferece as informações com se fosse uma verdadeira aula.
Querem
saber tudo: como é feito, que material usou, onde comprou à matéria
prima, quanto tempo levou para confeccionar. Por ai vai. Ele nem se
abala, não se incomoda e explica tudo sem esconder nenhum segredo. A
aula sai completa. Não se preocupa com o interesse dos interlocutores.
A meu ver Milton Tiziotti realmente é uma personalidade, com seu semblante calmo, pacifico cativa sua clientela exigente, lógico, para estar no MuBE, só pode.
Milton conta que um dia assistindo televisão, para ver uma aula de marchetaria. Não deu outra, mal terminou a aula imediatamente sai para comprar material para fazer um teste. Terminei quatro caixinhas. A primeira foi para minha esposa.
A meu ver Milton Tiziotti realmente é uma personalidade, com seu semblante calmo, pacifico cativa sua clientela exigente, lógico, para estar no MuBE, só pode.
Milton conta que um dia assistindo televisão, para ver uma aula de marchetaria. Não deu outra, mal terminou a aula imediatamente sai para comprar material para fazer um teste. Terminei quatro caixinhas. A primeira foi para minha esposa.
Eu
e minha mulher estávamos expondo em uma feira de artesanato. Ajudava-a
em seu trabalho, ela fazia bordados em ponto cruz, tem muito talento.
Resolvi levar as caixinhas. Era só um teste, mas estavam muito
bonitinhas. Vendi muito rápido e a todas.
Notei que as mulheres são muito ansiosas para organizar seus pertences, compram sem fazer questão de preço. São utilíssimas. Para joias, com acomodação técnica para pulseiras, relógios, correntes, brincos, etc. Enfim para pessoas cuidadosas são imprescindíveis. Não parei mais porem fui aperfeiçoando-as aos poucos, melhorando o acabamento, material mais apropriado para preservar as peças guardadas. Mesmo por fora, hoje uso o melhor material possível. São muito elogiadas pela apresentação.
Estive, um dia na casa de um cliente, para entregar uma peça que vendi na feira, lá chegando percebi que estava atrapalhado para instalar uma TV de plasma, não tinha como acomodá-la no lugar que estava preparado para ela. Como minha experiência, sabe, eu lido com medidas meticulosas, fui militar, tenho estratégia para tudo, fui até lá e num instante ficou tudo pronto.
Eu lamento o fato de um dia eu ter caprichado em peça por encomenda e na hora de receber a cliente se negou a confirmar o pedido. Acabou não comprando. Eu estava acompanhado de minha esposa, ela ouviu a pessoa pedir. Foi hipocrisia que permeia minha atividade, mas eu assim mesmo acabei vendo a outro cliente.
Depois que passei a frequentar a FEIRA DE ANTIGUIDADES E DESIGN DO MuBE, a observar melhor as antiguidades e trabalhei para melhorar minhas produções, que precisavam atender um publico mais exigente. As funções das caixinhas adaptaram-se a esse frequentadores.
Notei que as mulheres são muito ansiosas para organizar seus pertences, compram sem fazer questão de preço. São utilíssimas. Para joias, com acomodação técnica para pulseiras, relógios, correntes, brincos, etc. Enfim para pessoas cuidadosas são imprescindíveis. Não parei mais porem fui aperfeiçoando-as aos poucos, melhorando o acabamento, material mais apropriado para preservar as peças guardadas. Mesmo por fora, hoje uso o melhor material possível. São muito elogiadas pela apresentação.
Estive, um dia na casa de um cliente, para entregar uma peça que vendi na feira, lá chegando percebi que estava atrapalhado para instalar uma TV de plasma, não tinha como acomodá-la no lugar que estava preparado para ela. Como minha experiência, sabe, eu lido com medidas meticulosas, fui militar, tenho estratégia para tudo, fui até lá e num instante ficou tudo pronto.
Eu lamento o fato de um dia eu ter caprichado em peça por encomenda e na hora de receber a cliente se negou a confirmar o pedido. Acabou não comprando. Eu estava acompanhado de minha esposa, ela ouviu a pessoa pedir. Foi hipocrisia que permeia minha atividade, mas eu assim mesmo acabei vendo a outro cliente.
Depois que passei a frequentar a FEIRA DE ANTIGUIDADES E DESIGN DO MuBE, a observar melhor as antiguidades e trabalhei para melhorar minhas produções, que precisavam atender um publico mais exigente. As funções das caixinhas adaptaram-se a esse frequentadores.
Perguntei
ao Milton se pretendia compor alguma peça especial e assiná-las como
obra de arte, isso porque vi sobre a sua mesa uma caixinha que retratava
um pássaro Tucano em seu habitat. Era realmente uma paisagem composta
com a técnica de marchetaria e que a meu ver deveria estar assinada.
Imaginei uma suíte de peças com esse tema, voltado a ecologia assinado
por seu autor. Sem dúvida a peça era muito bonita. Milton me respondeu
que não tinha ainda em seus planos produzir algo assim, mas a ideia já
começava a fazer sentido.
Nessa correria do dia a dia, não parei ainda para pensar em algo para
firmar meu nome como artista, mas é hora de lançar minha marca. Fica
considerada a ideia, me aguardem!
LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH
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libanoatallah@terra.com.br
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