quinta-feira, 20 de abril de 2023

EXPEDIÇÃO Á SERRA DO IMERI - USP

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CONVITE PARA VOCÊ

EXPEDIÇÃO SERRA DO IMERI
Uma Aventura Científica no Alto da Amazônia
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 EXPEDIÇÃO DA USP

Ao

Parque do Imeri na Serra do Japi

Vídeo produzido pelo Jornal da USP, comunicado ao nosso Jornalismo pelo querido amigo e coordenador da viagem, Dr. Miguel Trefaut Rodrigues Professor da USP, ele nos mostra como foi a primeira expedição científica à Serra do Imeri, uma cadeia intocada de montanhas no norte da Amazônia brasileira, próximo à fronteira com a Venezuela, nunca antes visitada por pesquisadores. Liderada pela Universidade de São Paulo, em parceria com o Exército Brasileiro, a expedição resultou na descoberta de várias espécies inéditas da fauna e flora amazônica.

O Parque Nacional do Pico da Neblina e a Terra Indígena Yanoman, foi acessado por esta equipe, com a autorização do ICMBio, da FUNAI e das lideranças do Povo Yanomami   um dos Parques Nacionais mais importantes e deslumbrantes que existe em todo o mundo, e pelo qual se muito lutou para homologa-lo para agora proteger e divulga-lo também.

Os cientistas impermeavam pelas trilhas nos mais diversos períodos de dia e de noite, estas viagens por entorno na região selecionada levavam muitas horas de assídua e incessante coleta de exemplares. Eles estavam à procura de animais e vegetais que lhes serviriam nas mais diversas pesquisas, aliás muitos destes exemplares, a humanidade jamais pensou que existisse e que poderia um dia ter a chance se examiná-los à exaustão a fim de descobrirem as mais diversas utilidades até mesmo para remédios. Lembramos que sempre estiveram assegurados pelos soldados altamente treinados.

As paisagens deslumbrantes eram de tirar o folego, era assim que membros da equipe se referiam ao lugar, quando já as seis horas da manhã partiam para as trilhas. Narravam que estar sobre a Amazônia alta era um incrível privilégio. As biólogas explicam que as muitas espécies de vegetais são praticamente inéditas aos olhos humanos além de serem completamente diferentes por estarem a mais de mil e oitocentos metros de altitude, realmente só poderiam sobreviver e serem encontrados naquela região com toda uma imensa diversidade de plantas.

Eles, da equipe do Professor Luiz Silveira do Museu de Zoologia da USP, narram as dificuldades de acessarem uma área de aves, com barranqueiras, áreas de lama muito íngremes, sugerem que todo cuidado seja pouco, mas seguiram na empreitada, com coragem, lógico, complementavam dizendo que aquela área tinha muita semelhança com a Serra do Mar, com flora e fauna parecidas, mas com um exemplar nas mãos, colhido em circunstâncias atípicas, salientaram que grande parte destas aves, ali encontradas só cantam ali, além de serem bem menos frequentes e que não há probabilidade de se encontrar estas mesmas espécies na Amazônia baixa, também afirmam que a região, aparentemente falando, é bem diferente daquilo que acostumamos imaginar como a floresta e que é bem mais extensa e que ocupa grandes extensões de diversos estados brasileiros.

O professor Percequillo, preocupadíssimo salienta que temos perdido muito mais espécies antes mesmo de podermos descrevê-las, os mamíferos, segundo ele tem taxas de extinção, mas outros organismos como anfíbios artrópodes estão muito mais expostos, e que a necessidade de descrevê-los e nomeá-los é urgente urgentíssimo, precisamos sim de um plano nacional para isso, aliás é por esse motivo que ali estão. Essas espécies endêmicas somente poderão serem encontradas por ali tem que estarem cadastradas o quanto antes. Amostras de tecido e de sangue são coletadas para análises genéticas e parasitológicas imprescindíveis e quem sabe já um pouco tarde se considerarmos aquelas que não existem mais. Interessante, também é notarmos que em relação à tolerância térmica, as quais os animais estão submetidos, qual será a sua tolerância, poderão eles assim avaliar os prejuízos causados pelo aquecimento global.

Fica claro que a maior parte das coletas são de espécies totalmente inéditas para os olhos da ciência. O Dr. Miguel Trefaut salienta que um indivíduo pode ser um único testemunho da sua presença no espaço e no tempo e que armazena um gigantesco arquivo de dados importantíssimos para o conhecimento e existência humana, que nele está toda a sua própria história, de seu ambiente incluindo o clima a vegetação e de seus parceiros viventes, as suas gerações antecedentes, a sua própria a as vindouras, estas então nem se fala, dependem dos estudos destes cientistas e da preservação daquele ambiente. Então, afirma o professor que a partir do momento que tudo isso for decodificado, uma riqueza absurda estará sendo legada a humanidade. Este é o verdadeiro tesouro e que temos que preservar nossa biodiversidade muito rapidamente, quem sabe a supressão dos desmatamentos seja realmente homologada e instalada porque esse patrimônio ambiental é a nossa casa para o futuro eterno.

Toda a logística da expedição histórica foi realizada com enorme presteza pelo nosso exército brasileiro. Em 18 de novembro os cientistas voltaram para São Paulo, toda a infraestrutura, pertencente aos militares também foi removida.

Líbano Montesanti Calil Atallah

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